segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Carta que mandei ao Ministro dos Negócios Estrangeiros

"Exmº Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado

Como jovem que sou, é-me frequente olhar o Mundo, estuda-lo e descobri-lo. Tenho feito nos últimos tempos descobertas horríveis sobre o nosso Mundo nomeadamente na região do Darfur. Entristece-me cada morte, cada choro, cada lágrima derramada no seio de um conflito étnico, político, estúpido e egoísta. Mas não é só isso que me entristece senhor ministro, entristece-me que os governos dos países “desenvolvidos” e as organizações promotoras da paz fiquem paradas, intactas e imóveis perante este enorme genocídio cultural e humano que está a acontecer no Darfur.

Pergunto frequentemente como é que é possível, os governos ocidentais, a União Europeia, os EUA, a ONU ficarem calados perante esta monstruosidade que se está a passar. No Darfur já foram assassinadas mais de 450 mil pessoas, e o número de refugiados já ronda os 2 milhões. São famílias sem tecto, sem condições de vida, são crianças sem educação, são seres humanos sem acesso à Saúde, sem o mínimo de condições de vida. Vivem em plena pobreza extrema.
Tudo isto, espante-se senhor ministro, em nome de um capricho, de um preconceito, em nome do egoísmo, da hipocrisia e da arrogância.

E note-se que é a China (um dos países desenvolvidos), um dois principais países a colocar entraves à resolução do conflito. Tudo em nome de que? Do interesse económico. Mais uma vez em nome do desenvolvimento das relações politico económicas dos países morem pessoas. Mas não são meia dúzia, senhor ministro, são mais de 450 mil mortes em nome do nada! Tudo isto podia, e pode ser evitado.

Por isso só me resta pedir-lhe senhor Ministro:
Em nome do respeito pelos direitos humanos, em nome do respeito pela vida, em nome da justiça, por favor Senhor Ministro, ajude-nos a salvar o Darfur. Certamente o senhor ministro tem mais meios que eu, um mero jovem do interior.
Senhor Ministro, é urgente que nos ajude a salvar o Darfur, não feche os olhos a esta causa.

Obrigado. João Mineiro"

terça-feira, 4 de novembro de 2008

"A ditadura começa na ignorância!"


Mais de um milhão de alunos e professores manifestaram-se em Roma contra a reforma educativa do governo de Berlusconi. A nova reforma educativa prevê alterações estonteantes. Berlusconi pretende separar os estudantes Italianos dos estudantes estrangeiros, despedir 80 mil professores, triplicar o valor das propinas e obrigar os alunos a usar “farda escolar” e muito mais.
Os estudantes gritam a Berlusconi que “a ditadura começa na ignorância” e é isso que ele quer impor a quem não tiver dinheiro para estudar. Dia 30 de Outubro, um milhão de pessoas manifestaram-se em Roma contra esta reforma que quer tirar 8 mil milhões de euros ao orçamento para a Educação. Estudantes, professores e pessoas solidárias juntaram-se nas ruas em Itália contra uma reforma educativa elitizante, que propõe triplicar o valor das propinas, despedir 80 mil professores e aplicar penas por mau comportamento, separar estudantes estrangeiros dos italianos, etc.

Berlusconi quer triplicar o valor das propinas tornando o acesso ao ensino desigual e criando um fosso educativo entre ricos e pobres. Desta forma elitiza o ensino, impedindo quem não tem condições financeiras de estudar, privilegiando as classes altas na formação superior e qualificação profissional. Como se isso não fosse grave o suficiente, este quer despedir 80 mil professores e fazer um corte no sistema educativo brutal, Berlusconi quer também o regresso do mestre único às escolas primárias e a redução do horário escolar para 24 horas semanais, para além do endurecimento das penas por mau comportamento, com uma nota abaixo de 6 (numa escala de 1 a 10) a implicar automaticamente o chumbo do estudante.

A xenofobia da direita e do governo Berlusconi é altamente ofensiva. Primeiro coloca militares na rua para identificar, prender e expulsar os imigrantes “ilegais”, como se isso não bastasse Berlusconi quer obrigar as pessoas de etnia cigana a colocarem a sua etnia no seu BI pessoal, como se isso fosse relevante. E para finalizar em beleza, Berlusconi quer levar a sua xenofobia para escolas. Quer que os estudantes estrangeiros sejam separados dos Italianos.

Mas ainda há mais, Berlusconi além de querem uma escola xenófoba, desigual, injusta e com menos professores, quer “estandartizar” os estudantes obrigando-os a usarem uma farda escolar.
Os estudantes e professores, como não podia deixar de ser, protestam e Berlusconi em vez de abrir o diálogo e ouvir a opinião dos estudantes italianos, ordena a entrada de centenas de polícias em todas as escolas onde os alunos protestavam na manifestação de alunos do 28 de Outubro.

É este o novo plano de Berlusconi: uma escola xenófoba, autoritária, desigual, injusta, com poucos professores, pouca variedade pedagógica, estandartizada e calada, sem liberdade de pensamento, opinião, organização ou manifestação.

São estes os novos horizontes educativos de um governo ultra nacionalista, conservador, xenófobo, neoliberal e opressor. Mas a luta não se cala! Nunca, jamais em tempo algum a comunidade escolar Italiana se irá calar perante este ataque que afectará a todos e sobretudo o futuro do país

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Precariedade ao serviço da Segurança Social!

A Segurança Social vai abrir um call center em Castelo Branco, onde irá empregar cerca de duzentas pessoas sendo que a sua abertura está agendada para este mês (Outubro). Contudo os duzentos trabalhadores que este Call Center irá empregar trabalharão para o Estado a partir de uma “entidade privada” como é referido por Edmundo Martinho, presidente do Instituto de Segurança Social. Descobre-se qual o projecto de emprego para o Governo.

A Segurança Social vai abrir um call center em Castelo Branco, onde irá empregar cerca de duzentas pessoas sendo que a sua abertura está agendada para este mês (Outubro). O projecto do novo call center ficará situado no Bairro da Carapalha, em frente às instalações do Ensino Magazine. Estas instalações estiveram antes projectadas para Portalegre.
Contudo os duzentos trabalhadores que este Call Center irá empregar trabalharão para o Estado a partir de uma “entidade privada” como é referido por Edmundo Martinho, presidente do Instituto de Segurança Social, «a gestão deste complexo vai funcionar em outsourcing, estando o concurso internacional já publicado».

Para Joaquim Morão, Presidente da Autarquia com a vinda destes serviços, “está-se a criar em Castelo Branco um cluster na área das tecnologias de informação que poderá ser determinante para o crescimento da cidade. A Câmara está a fazer fortíssimos investimentos para que isso seja uma realidade. Estamos a liderar o desenvolvimento da cidade.” Este será o terceiro call center da cidade que ficará localizado no centro da urbe e que segundo o mesmo autarca: “dá mais vida e uma nova dinâmica ao interior da cidade”. Contudo esta noção de desenvolvimento está muito mal explicada e muito mal especificada pelo autarca:
Primeiro ponto: Não foi dado qualquer tipo de informação sobre as condições de trabalhado no respectivo call center... Irão os trabalhadores trabalhar em regime de trabalho temporário? Ou em regime de recibos verdes? Serão contratos a prazo ou contratos de trabalho temporários? Terão os trabalhadores de se sujeitar às condições que a “entidade privada” ditar? Obviamente que se o trabalho surge em regime precário não pode ser realmente considerados postos de trabalho e se assim for a autarquia e a Segurança Social estão assumir uma posição de total hipocrisia e cinismo politico porque em vez de garantirem um trabalho com direitos para os jovens iniciarem uma vida independente pelo contrário afundam os jovens na incerteza e na miséria intelectual que é não terem qualquer tipo de segurança para o futuro.
Segundo ponto: Castelo Branco, que tem em funcionamento um politécnico universitário, não consegue garantir aos jovens formados qualquer tipo de emprego qualificado, surgindo assim dois tipos de possibilidade de futuro. Ou os jovens formados são obrigados a ir procurar trabalho noutro distrito ou têm que sujeitar a esta nova alternativa de emprego: a precariedade. Depois de José Sócrates na sua reentré política ter anunciado a abertura de um call center gigante no norte do país descobre-se qual o projecto de emprego para o Governo. Esta situação desprezível de incerteza no trabalho, de incerteza na vida pessoal tem um nome, “precariedade”, e esta situação sentenciadora dos jovens tem responsáveis e aos bois têm de ser dados nomes. O responsável por este medo, por esta incerteza e por este futuro sentenciador chamado precariedade tem um nome: “Governo do Partido Socialista”, os factos estão à vista, e contra factos não há argumentos.
João Mineiro

sábado, 4 de outubro de 2008

Dia 12: Jornada de acção contra a Xenofobia!


Organizações de imigrantes, de direitos humanos, anti-racistas, culturais e religiosas decidiram convocar para o próximo dia 12 de Outubro, domingo, pelas 15h, no Largo do Martim Moniz em Lisboa, uma jornada de acção pela regularização dos indocumentados, contra a onda de xenofobia e contra o Pacto Sarkozy. No comunicado distribuído, denunciam a recente onda de mediatização da criminalidade e declarações que trataram os imigrantes como bodes expiatórios para o aumento da criminalidade. Em seguida, a íntegra do comunicado distribuído:



JORNADA DE ACÇÃO

Pela regularização dos(as) indocumentados(as), contra a onda xenófoba e contra o Pacto Sarkozy
Associaçõesconvocam jornada de acção para
domingo, 12 de Outubro, às 15h, no Martim Moniz
Nos dias 15 e 16 de Outubro, o Conselho Europeu reunirá oschefes de Estado e de governo dos 27 para ratificar o 'PACTOEUROPEU sobre IMIGRAÇÃO e ASILO', aprovado no conselho deministros realizado a 25 de Setembro. O Pacto proposto por Nicolas Sarkozy, nocontexto da presidência francesa da União Europeia, visa definir as linhasgerais da UE nesta matéria e assenta em cincopontos fundamentais: organizar aimigração legal, priorizando a adopção do “cartão azul”, para recrutamento demão-de-obra qualificada; facilitar os mecanismos e procedimentos de expulsão eestabelecer nesse sentido parcerias com países terceiros e de trânsito;concretizar uma política europeia de asilo; reforçar o controlo das fronteiras;proibir os processos de regularização colectiva.
Depois da aprovação da Directiva de Retorno, com o votofavorável do Governo português, estas medidas representam mais uma vergonhapara a Europa. O tratamento securitário dasmigrações, a definição de critérios discriminatórios para acesso ao trabalho, oaprofundamento da criminalização da migração, da militarização e externalizaçãodas fronteiras através do FRONTEX e a perseguição dos(as) cerca de 8 milhões deindocumentados(as) que vivem e trabalham na Europa - a quem é oferecida aexpulsão como única saída -, são medidas que visam consolidar uma EuropaFortaleza, da qual não podemos senão nos envergonhar.
Em Portugal, a recente onda demediatização da criminalidade e as recentes declarações de responsáveisgovernamentais que trataram os(as) como imigrantes bodes expiatórios para oaumento da criminalidade, abrem espaço para as pressões xenófobas e racistas, ecriam um ambiente propício para a desresponsabilização do Governo. Em causaestá a necessidade de regularização de dezenas de milhares de imigrantes quedefrontam sérias dificuldades em regularizar a sua situação.
São homens e mulheres que procuraram fugir à miséria, fome,insegurança, obrigados a abandonar os seus países como consequência doaquecimento global e outras mudanças climáticas, ou que muito simplesmente tentarammudar de vida, mas a quem não foi reconhecido o direito a procurar melhorescondições de vida. Tratam-se de pessoas que não encontraram outra opção senão orecurso à clandestinidade, muitas vezes vítimas de redes sem escrúpulos, e quese confrontam com uma lei que diz cinicamente que 'cada caso é umacaso', fazendo da regra a excepção e recusando à generalidade dos(as)imigrantes o reconhecimento da sua dignidade humana. Destaque-se a situação dosimigrantes sem visto de entrada, a quem a lei recusa qualquer oportunidade delegalização.
Solidários(as) com a luta que se desenvolve na Europa e nomundo contra as politicas racistas e xenófobas, também por cá vamos lutar pelaregularização de todos imigrantes, sem excepção, cada homem/mulher - um documento.É uma luta emergente contra as pretensões de expulsão dos(as) imigrantes, contraa vergonha de uma Itália que estabelece testes ADN como instrumento deperseguição dos ciganos(as), contra as rusgas selectivas, arbitrárias eestigmatizantes, contra a criminalização dos(as) imigrantes, contra a ofensivadas políticas securitárias e racistas, alimentadas pelo tratamento jornalísticodistorcido feito por alguns meios de comunicação social. Cientes de que estácriado um ambiente de perseguição aos imigrantes na Europa, e rejeitando aspressões racistas e xenófobas dos Governos de Sarkozy e Berlusconi,organizações de imigrantes, de direitos humanos, anti-racistas, culturais,religiosas e sindicatos, decidiram marcar para o próximo dia 12 de Outubro, domingo pelas 15h, no Martim Moniz, uma jornada de acção pelaregularização dos indocumentados(as), contra a onda de xenofobia e contrao Pacto Sarkozy.


ORGANIZAÇÕES SIGNATÁRIAS: Acção Humanista Coop. e Des.; Associação de Apoio ao Estudante Africano; ACRP; ADECKO; AIPA – Ass. Imig. nos Açores; APODEC; Ass. Caboverdeanade Lisboa; Ass.Cubanos R.P.; Ass. Lusofonia, Cult. e Cidadania; Ass. Moçambique Sempre; Ass.dos Naturais do Pelundo; Ass. dos Nepaleses; Ass. orginários Togoleses; Ass. R.da Guiné-Conacri; Ass. Olho Vivo; Ass. Recr. Melhoramentos de Talude; BalletPungu Andongo; Casa do Brasil; Centro P. Arabe-Puular e Cultura Islâmica;Colect. Mumia Abu-Jamal; Comissão de Moradores do Bairro do Fim do Mundo; Khapaz – Ass. de Jovens Afro-descendentes; Núcleo doPT-Lisboa; Obra Católica Portuguesa de Migrações; Solidariedade Imigrante; SOSRacismo

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Qual a tua opinião aluno?

Qual a tua opinião aluno?

Os alunos esses bonequinhos amestrados pelo ministério da educação e pelos órgãos de gestão das escolas são completamente desrespeitados em termos de intervenção politica e critica directa nessas mesmas escolas. A escola enquanto meio de cidadania, de intervenção, de escolha, de crítica, de pensamento e sobretudo de aprendizagem é visto pelos alunos acima de tudo como um fardo que temos de enfrentar por imposição moral dos nossos pais e do sistema (passa-se o mesmo com a catequese, mas sobre isso escreverei numa próxima oportunidade) …
Aquilo que Abril me ensinou foi diferente… Muito diferente.
Os valores de esquerda que respeito, porque luto e com os quais quero guiar a minha vida ensinara-me que não nos podemos conformar perante esta injustiça social que nos impingem dia a dia e que passa por baixo do nosso nariz diariamente – Estuda e Cala! É esta imposição de consciências que desrespeita o espírito crítico dos alunos que formatou e “standartizou ” o sistema educativo em Portugal ao longo dos anos. Os sucessivos governos, a única coisa fizeram foi discutir os problemas educativos com professores, com sindicatos e funcionários … ao mesmo tempo os concelhos educativos o que fazem é precisamente a mesma coisa discutir os problemas, objectivos e a gestão escolar com professores, sindicatos e com funcionários mas afinal de contas onde ficam os alunos nesta historia toda? É esta imposição de medidas e a não discussão de certos problemas com os alunos que faz com que os alunos se desmarquem das políticas educativas (essências a uma formação consciente) e que faz com estes face à política assumam uma atitude de completo de desprezo.
E até posso colocar alguns exemplos concretos: Desde os exames nacionais às aulas de substituição… Desde as turmas sobrelotadas à não adaptabilidade dos professores aos alunos com necessidades especiais… Desde o novo estatuto do aluno ao ensino obrigatório… Desde o novo modelo de gestão da escola aos manuais inadaptados á matéria curricular … Tudo isso são coisas que afectam directamente os alunos e que na minha opinião mereciam também que os alunos tivessem alguma voz… O que acontece é que o sistema educativo só se preocupa com uma parte da comunidade escolar. Os alunos representados democraticamente pelas AE´s tem o direito a uma opinião, é o mínimo que se pode fazer em nome da Democracia na escola. A educação é uma necessidade, mas é também um direito, um direito de Abril… O que eu peço é sensato (fizemo-lo, enquanto bloco, em relação à educação sexual e os resultados estão à vista de todos)... e não poderia definir melhor a minha opinião se não parafraseando uma frase de uma perspicácia enorme de um grande camarada meu: “Democratização da política é nos dizermos às pessoas que têm que ter uma opinião sobre aquilo que as afecta, é nos termos uma palavra a dizer (...) é por isso que nós falamos na educação para a cidadania, educar os jovens para a democracia, para quando eles forem grandes participarem… Não! a educação tem que ser feita na cidadania, não é educação para a democracia mas educação na cidadania. As escolas têm que ser já em si um espaço de cidadania, de participação”
José Soeiro 15 Maio 2008
João Mineiro

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Para onde foi o sonho de Agostinho Neto?

Existirá Democracia quando o povo é ameaçado com o ressurgimento de uma Guerra?Foram anos e anos de colonização, anos e anos de guerra, anos e anos de opressão, anos e anos de mentiras, anos e anos de pobreza… será Angola finalmente um país Democrático?
Realizam-se agora as novas eleições em Angola, país este que rebenta pelas costuras. A corrupção, a violência, a Guerra, a pobreza, a opressão marcam a história deste país, marcam o presente deste país, irão marcar também o futuro?

Democracia é um conceito que carece muito das interpretações pessoais de cada um. Para mim Democracia é muito mais que haver eleições. Para mim, Democracia é cidadania, é intervenção, é educação, é vontade, é consciência, é liberdade, é escolha e sendo o meu conceito de Democracia tão amplo e abrangente, Angola na minha não é nem nunca foi um país Democrático. Não há Democracia quando o povo sente medo dos resultados, não há Democracia quando não há educação política, quando não consciência política por parte da população, a Democracia não é compatível com o medo!
O povo Angolano vive num clima opressivo de medo, esse mesmo medo que é um entrave à democracia, esse mesmo medo que coloca a cruz num único partido o MPLA.
Há sempre alguém que resiste, em Angola não é excepção tenho a certeza que a vitória do MPLA não será tão abrangente quanto isso porém e mesmo a diversidade partidária seja muita não pode haver democracia forçada.
Quando uma determinada população sente medo de votar noutro partido que não o do poder pois isso pode significar o ressurgimento de uma guerra interna que volte a afundar no desespero milhares e milhares de pessoas (para não dizer milhões) então não podemos chamar a isso Democracia, temos incomensuravelmente de chamar a isso uma Ditadura.
Em nome da Democracia reabriu-se uma guerra interna em Angola à 16 anos atrás… Que Democracia é esta em que as pessoas se vêm obrigadas a votar MPLA sob ameaça do ressurgimento de uma outra guerra interna?
Que Democracia é esta que se baseia no Medo?!
Em nome da Democracia é preciso quebrar o silêncio, o povo Angolano já foi sacrificado o suficiente, o povo Angolano já foi desrespeitado o suficiente….
Em defesa dos direitos humanos há urgência de intervenção Democrática, em nome da defesa dos direitos humanos não podemos voltar a fechar os olhos.
O povo Angolano precisa de Paz, não podemos voltar a virar-lhes a cara!

Para onde foi o Sonho Socialista de Agostinho Neto?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Amílcar Cabral - O sonho Humanista de um lutador inconformado


Amílcar Cabral – O Sonho Humanista de um lutador inconformado
Amílcar Cabral foi um político e activista Socialista e anti colonizador de Cabo Verde e da Guiné. Nasceu na Guiné-Bissau em 1924, e foi morto dia 2 de Janeiro de 1973 em Conacri. Com 8 anos de idade o jovem Amílcar muda-se da Guiné para Cabo Verde onde estudou até 1943, conseguindo posteriormente uma bolsa de estudo para o Instituto Superior de Agronomia em Lisboa onde se licenciou.
Regressa á Guine – Bissau em 1952 trabalhando para o Ministério do Ultramar no Recenseamento Agrícola de 1953. Foi também neste ano que a sua inspiração revolucionária se revela após no recenseamento de 1953 ter conhecido intrinsecamente toda a realidade social da Guiné. A sua completa antipatia pelo regime colonial opressor, desrespeitador e que rotulava os negros seres moralmente inferiores faz com que o governador Medo e Alvim o obrigue a emigrar para Angola. Neste país, Amílcar junta-se a Agostinho Neto e ao MPLA. (Movimento Popular pela Libertação de Angola)
Em 1959 Amílcar Cabral eleva o seu sonho Socialista e junta-se ao seu irmão e a mais três revolucionários formando o Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde. Um partido que acima de tudo pretendia liberdade, emancipação, respeito e total descolonização.
Em 23 de Janeiro de 1963 tem inicio a luta armada pela libertação da Guiné e Cabo Verde , luta esta a favor do socialismo, pelo fim do controlo Colonialista, Imperialista a favor do Humanismo, da identidade Africana, de um novo modelo Social. O PAIGC teve neste aspecto uma influência importantíssima, liderando centenas de guerrilheiros socialistas que se moviam por “grandes sentimentos de amor” de liberdade e de justiça.
O movimento liderado por Amílcar Cabral e pelo PAIGC começa a ter força e os ideais socialistas emancipadores tornarem-se cada vez mais sólidos. Isto leva a que o governador Português da Guiné – Bissau determine o inicio da operação Mar Verde com o objectivo de capturar Amílcar e os seus camaradas do PAIGC, a operação foi um fracasso.
Porem, a dimensão humanista de Amílcar fez com que as fronteiras do partido se abrissem a todo o tipo de pessoas. Foi esta ingenuidade natural de um revolucionário socialista e humanista que ditou a sua sentença. No dia 20 de Janeiro de 1973, Amílcar Cabral é assassinado em Conacri por dois membros do seu próprio partido. Amílcar Cabral Sonhador Socialista, Revolucionário e Humanista profetiza a seguinte frase: “Se alguém me há-de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios.
A sua utopia, a sua luta e o seu sonho prevaleceu comandando pelos seus eternos camaradas. No dia 24 de Setembro de 1973 o seu meio – irmão, é nomeado o primeiro presidente do país.

Amílcar Cabral – Ilha
ILHATu vives, mãe adormecida,Nua e esquecida,Seca,Fustigada pelos ventos,Ao som de músicas sem músicaDas águas que nos prendem…Ilha:Teus montes e teus valesNão sentiram passar os temposE ficaram no mundo dos teus sonhosOs sonhos dos teus filhosA clamar aos ventos que passam,E às aves que voam, livres,As tuas ânsias!Ilha:Colina sem fim de terra vermelhaTerra duraRochas escarpadas tapando os horizontes,Mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!Amílcar Cabral - Praia, Cabo Verde, 1945.

domingo, 27 de julho de 2008

Em Portugal reabilitação é discriminação...

Em Portugal reabilitação é discriminação…


Em Portugal as minorias étnicas, as populações com condições sociais diferentes, os grupos de imigrantes e as comunidades de discrepantes culturas são vistas praticamente como “lixo” social. São alvo de Racismo e Xenofobismo quer directa, quer indirectamente. O desprezo, a desatenção e a discriminação pelas minorias em Portugal é um problema que se vive há anos. Hoje em dia as piadas sobre Chineses, Negros, Homossexuais, Ciganos, Muçulmanos, Transexuais etc são uma constante na sociedade. Mais… Quantos negros vemos à frente de um balcão de um banco e quantos vemos numa loja de fast food? Isto não é um problema de níveis de instrução, mas sim de racismo e discriminação.
Mas esta discriminação, às minorias vai muito para além do acesso emprego. As autarquias tiveram a (in)feliz ideia de criar os “bairros sociais”, conceito que apenas camufla a palavra “guetto”. Mas o que se passa é que todas as famílias de baixo rendimento, de etnias diferentes, de culturas minoritárias e de imigrantes que precisam de reabilitação são empurrados de forma discriminatória para esses “bairros sociais”. Forma-se assim um foço entre a cultura maioritária (área urbana) e as culturas minoritárias (áreas suburbanas). Isto é um absurdo. Partir do pressuposto que as diferentes culturas e etnias não podem coabitar com a cultura portuguesa, desenvolvendo processos de socialização baseados no respeito, e pensar que estas apenas vão “contaminar” a nossa sociedade, é um pleno acto de etnocentrismo.
Nestes “bairros sociais”, as condições de vida são gravíssimas. Os jovens devido aos baixos rendimentos dos pais e à falta de apoio do estado e das autarquias às famílias, vêm-se privados de uma educação de qualidade e de um futuro promissor. Estes jovens entram assim no mundo do crime, que parece ser a sua única alternativa,para assegurarem o mínimo de condições de vida.
Os pais mergulhados no desespero de terem filhos no mundo do crime para conseguirem viver, no repúdio de não conseguirem dar um futuro à sua família e no desalento de serem explorados e discriminados pela sociedade, entram em graves crises de cólera, auto -desprezo e solidão.
A maior parte das vezes, o consumo e tráfico de estupefacientes, o excessivo consumo de álcool e a criação de um ódio interior a toda a sociedade parecem ser as soluções que encontram. A partir daí a sua identidade interior morre…
Assim se vê a realidade dos “bairros sociais” que as autarquias criam e que promovem um ciclo vicioso de discriminação, baixos rendimentos, crime, droga, auto-desprezo, solidão, morte interior e desrespeito pelos direitos humanos.

Muitos artistas de música RAP têm alertado para estes problemas, mas a visão autoritária, irracional e etnocêntrica das autarquias, contínua ano após ano a reabilitar pessoas em “bairros sociais” e a promover a exclusão das minorias, como se não existissem alternativas possíveis. As pessoas merecem consideração, respeito e dignidade. Não merecem que as autarquias as tratem como pleno “lixo” social que vai contaminar a nossa sociedade e a nossa cultura. É este o quadro capitalista que nos oferece esta realidade, onde o respeito, a igualdade e a justiça (por enquanto) não passam de uma ilusão.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Poesia: Olhar o Mundo.

Para quem gosta de poesia, do sentimento lirico... deixo uma seria de poemas que eu fiz à uns tempos:



A cara da opressão.

O Contribuinte contrariado…
O livre – arbítrio ignorado…
O espírito crítico desprezado …
O pensamento menosprezado …!
O aglomerar em guetos
A opressão dos sensíveis!
A repressão dos insensíveis!
O povo oprimido desde os ciganos aos negros…
O desrespeito pelo pensar
Pela vontade de construir
É a instrumentalização do ser humano
Um profundo corte, na capacidade de agir!

É ignorar o Homem, credibilizar a animalidade
É desprezar a capacidade de criação
É um fundo negro na história da Humanidade
É a ignorância ao extremo, a cara desbotada da opressão


Trova do vagabundo

Pergunto ao Vagabundo
Memoriais de Portugal
Recita-me genuínas histórias
Da Revolução Nacional

Inspirada em Delgado
Sem Medo, com ambição
Foi uma referência política
Para quem os cravos tinha na mão

Liberdade por Salgueiro
Ao som de Zeca e Adriano
Desenhava-se uma revolta
Que se formava atrás do pano



Estratégia e união popular
Solidariedade, concretização
Encaixaram este dia
Na biografia da nossa nação

Democracia, Liberdade
Saúde e Educação
Eram os gritos estóicos
Enraivecidos da população

Do quartel do Carmo
Vieram gritos de vitória
25 De Abril de 74
Tinha ficado na história

Fascismo derrubado
A esquerda completa Abril
Havia contudo o risco
Do inicio de uma guerra civil

Comunistas e Socialistas
Lutaram pelo poder
Credibilizou a direita
Que nesta altura se fez nascer

Hoje 34 anos depois
A memória resvalasse
A certeza que este dia
Nunca mais se repete

Agora em tempo de crise
Onde estão os valores e a educação?
Onde estão as vozes, os gritos e os cravos?
Onde está a revolta, e a força da revolução?

Agora em tempos negros
Abril precisa de ser ressuscitado
Precisamos de ter na rua
O pobre, o diferente e o explorado

Agora todos falam
Ninguém faz o que quer que fosse
Perdeu-se o espírito de unidade
Que em 74, Abril nos trouxe
(…)

O vagabundo era o vento
O tempo a maturidade
que juntos me fizeram
recordar a eterna saudade

Mesmo em tempo de conformismo
Ignorância e manipulação
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não!!!!!

Portugal e África – 500 anos de desrespeito

Para uns grandioso, para outros desumano
O meu país é questionável e controverso
Reza a Historia da África colonial
Tão empenhada em desenvolvimento
Utilidade e progresso, eram o pretexto de Portugal
Ganância, desrespeito e racismo: eram a realidade colonial
Arrogância, brutalidade e oportunismo, foram as chaves para o império
Lealdade e respeito, faltaram a este pais que se dizia sério

A exploração, escravatura e opressão, eram pão - nosso de cada dia
Fraternidade, respeito e Liberdade não passaram de uma utopia
Revolta, revolução e Guerra, foram realidades sociais
Ignorância e falta de diálogo deram origem a povos tribais
Colónias revoltadas, um “novo” mundo se formou
África ficou sem nada, o meu país tudo levou.


Por agora à que remediar, e por fim ao racismo
A igualdade e o respeito pela diferença e o fim do etnocentrismo
Zelar, lutar e respeitar, por uma África que se está a formar…

Deus Humanista (a consciência)

Omnipotente e omnipresente…na minha quotidianidade
Serei seu eterno crenteporque ele é a intemporal verdade!
Não se esconde do MundoPara não revelar a sua verdadeira identidade…
…porque o meu Deus é visível…
para Ateus, Cépticos e quem vive na incredulidade
O meu Deus apoia! Resolve! Interioriza!
Dá tudo o que pode!Até o que ele mais precisa…
Eu acredito no meu Deus
Elucidou-me o preconceito…
A ele desejo tudo
Pois ele a tudo tem direito!
Inexplicável! Único! ele carrega Harmonia
E quando o Sorriso morre…… é ele que me devolve a alegria!
Ele não assimiladescrenças, hipocrisia, tacanhez e impureza
Pois a Verdade, Paz e o Pacifismosão o pão que me põe na mesa!
O meu Deus é primeira pessoa!
O meu Deus sou eu!
Pois eu acredito em mim…… e não na invisibilidade de algo que nunca apareceu.
O meu Deus, é o teu Deus
Esta foi a verdade que eu escrevi…
… se precisares do teu DeusProcura a consciência dentro de ti!


Reafirmação

Palavras, acções
Teorias e práticas
Reflexões vazias
Determinações fanáticas

Fanatismo e preconceito
Conformismo e arrogância
Terminologia e conceito
Desprezo e ignorância

Verdade, diversidade
Justiça, igualdade
Liberdade e respeito
Conceito mórbidos, que vagueiam no seu leito

Morte, vida ou incerteza
Resistência e reanimação
Reafirmação de conceitos
Pela honra dos que tenho no coração.


Inspiração desmazelada

Aparição à brisa espontânea
Denotação ou conotação?
Incerteza porém…
A verdade é que obra-prima antiga e contemporânea
Foi sempre feita ao sustento da inspiração momentânea
Encaixes definições, num momento completamente inóspito
Afirmação ambígua, entre o boémio e o sóbrio

Controvérsia quotidiana
Caracterizada pela banalidade
Momentos únicos, puros no vazio da saudade…
Quando a razão surge
Em momentos inoportunos
Surgem obras incomensuráveis à sombra de desabafos profundos

Quando a brisa azula e o vazio regressa
Fica a certeza…
… de que a inspiração é ignorante e controversa.



Eloquência oportunista

Eloquência que nos tenta persuadir
Formatando e antecipando o sentimento que vamos sentir
(Invadir)
Mas eu pergunto incessantemente
Aquilo que o homem discursa corresponde ao que sente?

Retórica férrea e convicta
Oratória medida á sombra de influências externas
Convicção exclusiva e mítica
Discurso enganador que quer corre sem pernas.
(Fundamentos e Argumentos)

Chega de discursos hipócritas…!




Patriotismo por ocasião

365 dias, mais de 20 feriados nacionais
Desconhecimento da população, quase ignorados pelos jornais
Abril, Maio, Outubro e Junho
Dias de patriotismo e orgulho
Abafados pelo futebol
Com se isso representa-se um futuro…

Patriotismo por ocasião
Só em tempos de selecção
Desrespeitando todos os feitos
Que grudaram a nossa nação

Portugal não é selecção
Nem futebol, nem banalidade
Portugal somos nós
O passado e a saudade

Portugal é esperança e desespero
Portugal é mentira e veracidade
Portugal é 365 dias
De orgulho, eternidade mas também de falsidade

Portugal é tudo, todos, passado futuro e presente
Presente incondicional, constante e de memórias
Não 11 pessoas nem grandes pseudo famas enaltecidas em glória,
Portugal somos todos, cada vida. Cada alma: A escrita da nossa história




As incertezas do Futuro


Horizonte límpido
Placidez como única fonte
Desmoronamento inesperado
À muito por ser explicado

Água translúcida
Esperança amena
Na certeza do progresso
Entre o avanço e o retrocesso

Criações utópicas
Entre histórias de encantar
Retrocesso ao real
Como um derribamento abissal

Mas o amanha é agora
A duvida o desejo e a indiferença
A utopia plena
O desenrolar da avareza
O dia é agora
O lugar é incerto
O conhecimento é eterno
Em cada palavra e em cada gesto

O Futuro somos nós
E as nossas incertezas…
As nossas convicções e as nossas avarezas.



Em nome da Revolução…

Critica informada
Desafio organizado
Ambição desmedida
Em pró do oprimido e do explorado
Por um futuro
Por alguém
Por uma vida melhor
Pelo sentimento de uma vida
Reprimida por rancor
Contra autoritarismos
Hipocrisia e ignorância
Contra conservadorismo
Inveja e ganância
Em nome de um povo
Da consciência, das liberdades
Pela ascensão social
Novos valores e mentalidades
Pelo fim do materialismo
Inócuo e sem fundamento
Pelos valores humanistas
Respeito pelo sentimento
Em nome do respeito
Pela reafirmação da sociedade
Por auto-valorização
Inovação de integridade…

…Por uma nova visão
Agora aqui que a ferida sara
Pela solidariedade da figura de Guevara
Pela utopia de Cabral
Zamora e Carlos Cardoso
Pelo Humanismo ancestral
Pelo grito de Afonso
Por Agostinho Neto
E Nelson Mandela
Por Arafat, Zapata, Xanana
Pelo espírito de quem emana: revolução quotidiana
Em nome do Humanismo
Da solidariedade e da renovação
Pela ascensão social…
… em nome da Revolução!




Camarada Barbosa…

Companheirismo cultural
Amizade inoportuna
Pela luta parietal
De que o nosso sentimento abunda
Pela cultura, mudança, pela reafirmação da juventude
O camarada Barbosa, comigo pelo Futuro
O obrigado eu deixo
A ti meu camarada
Que matas a ignorância
Com a inteligência de uma espada
Uma espada de sentimento
Que te eleva a uma excelente pessoa
Juntos por todos
Pela ascensão da sociedade
Obrigado pelo tempo vivido
Despertaras eterna Saudade
Destes tempos de adolescência
Juntos somos alguém
Somos a ambição e a inovação
A pura intelectualidade que nos convém
Somos a semente serie
Da terra serena
Contigo vale sempre a pena
Porque a alma nunca è pequena! Obrigado!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Comunicação Social... mas só para alguns!

Recordo perfeitamente no dia 25 de Abril deste ano o Sr. Presidente da República Cavaco Silva pregar um discurso que mantinha como verdade absoluta o afastamento dos jovens das questões políticas e sociais. Não duvido. Como jovem sinto isso dia-a-dia.
Mas aqui entra uma grande questão… São os jovens que se afastam da política ou são as organizações político-sociais que afastam os jovens da política?
Pois bem… No passado dia 17 de Junho de 2008 tive em curso duas acções organizadas por mim e por uns amigos na Covilhã. Tratou-se portanto de duas Conferências -Debate sobre “Educação Sexual nas Escolas” e “Homofobia”. Tiveram a presença de um Deputado da Assembleia da Republica, Enfermeiros, Professores e sobretudo JOVENS!
Foi de facto uma iniciativa muito gratificante para mim. Porque afinal de tudo nós fizemos política. Nos trouxemos para debate público duas questões importantíssimas para os jovens e para a sociedade em geral. Contudo e como há sempre entraves e burocracias neste pais a “comunicação social” local não nos deu um pingo de credibilidade. Tiveram uma atitude de completo desprezo e desrespeito pela vontade dos jovens de debater, progredir e discutir ideias. Escrevemos a notícia e mandamos para os jornais, a noticia intitulava-se “educação e diversidade sexual em debate na Covilhã.” Mas a noticia não foi publicada.
E agora eu pergunto, que comunicação social é esta que não dá voz às iniciativas dos jovens?
Pois bem. Tiveram na minha opinião uma péssima atitude, que desprezo totalmente. Em tempos que a juventude se esta a lixar para tudo o que é discussão publica sobre questões sócias e politicas, a nossa comunicação social local ainda oferece desprezo pelas poucas iniciativas que os jovens tomam.
Da minha parte como jovem, cidadão e ser – politico e social, não terão o meu respeito. E enquanto não assumirem uma atitude democrática, igualitária e justa não terão a minha colaboração, a minha estima e o meu apoio. Até prova em contrário a comunicação social local para mim não será mais que órgão manipulado pelos interesses políticos das autarquias.
Pelo fim da manipulação dos média. Pela democracia na comunicação social local!


João Mineiro.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Educação e Diversidade Sexual em Debate na Covilhã

EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE SEXUAL EM DEBATE NA COVILHÃ
A educação, a liberdade sexual e o combate à homofobia estiveram em debate na Covilhã, no passado dia 17 de Junho. Primeiro, num debate organizado pelos alunos de duas escolas secundárias do concelho, Campos Melo e Quinta da Palmeiras, que contou com a participação do enfermeiro Carlos Martins, da Professora Regina Conceição , Coordenadora do Clube de Educação para a Saúde - Escola Secundária Campos Melo e do mais jovem deputado na Assembleia da República, José Soeiro.À noite, uma conversa de café ao ar livre, no Café Bar Covilhã Jardim, levou as JORNADAS DO BLOCO DE ESQUERDA CONTRA A HOMOFOBIA - SEM MEDOS à Covilhã, apresentada por João Mineiro, aluno da Escola Quinta da Palmeiras e José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, que contou com a participação de dezenas de pessoas.Durante a tarde, os modelos da educação sexual, bem como a forma como esta tem sido aplicada foram debatidos pelos estudantes, que encheram o auditório da Biblioteca Municipal. Professora e Enfermeiro apresentaram as suas experiências de intervenção e vários alunos salientaram a necessidade de haver mais informação e mais actividades. A criação de uma área curricular e de uma bolsa de profissionais com formação específica foram algumas das propostas apresentadas pelo representante do Bloco de Esquerda para dar maior consistência à educação sexual nas escolas.À noite, a homofobia enquanto realidade concreta e as discriminações que sofre a população lésbica, gay, bissexual e transgénero enquadraram o debate: o ódio, os insultos, a negação do direito à identidade, o suicídio causado pela homofobia, a desigualdade e a estigmatização na escola ou nos serviços públicos foram alguns dos exemplos apresentados. Também do público vieram relatos de várias histórias passadas ali mesmo, no concelho da Covilhã: nas discotecas, nos bares, no hospital ou na escola, muitos dos participantes tinham já assistido ou vivenciado este tipo de realidade.Também as questões mais vastas da libertação sexual e a história da relação da esquerda com estes temas foram assuntos levantados e discutidos. O deputado do Bloco de esquerda apresentou várias das iniciativas que têm sido entregues no Parlamento – sobre a discriminação no sangue, a facilitação de denúncias, a criação do Dia contra a Homofobia, a educação sexual ou o alargamento do direito ao casamento – salientando contudo a necessidade da luta social: “esta não é uma questão de minorias. O combate pelos direitos humanos e pela liberdade de todos exige a mobilização de cada um de nós em todos os espaços da vida”, disse.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Educação Sexual e Homofobia em debate na Covilhã

TERÇA FEIRA 17 JUNHO


- Educação Sexual. Os jovens a Sociedade e a Saúde


14.30 - Auditorio da Biblioteca Municial.


Intervenientes:


Jose Soeiro (Deputado do Bloco de Esquerda)

Carlos Martins (Enfermeiro do Centro de Saude da Covilhã)

Regina Conceição (Professora de Biologia)




- Sem Medos - Jornadas Contra a Homofobia


21:00 - Café Covilhã Jardim - (jardim publico)


Intervenientes:


Jose Soeiro (Deputado do Bloco de Esquerda)

Paulo Vieira (Não Te Prives)


moderação: João Mineiro (activista)










Aparece. PAZ :)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Pensamento...

Pensamento

Ideias que se encaixam
Em contradições duvidas e incapacidades
Opiniões sólidas:
Juntando cruzamentos…: de inegáveis mentiras e intemporais verdades

São ligações, definições, terminologias e conceitos
Reflexões completamente abstraídas de preconceitos…
São frases soltas noticias e opiniões
Pluralidades inócuas que retratam novas criações.

São lamentos, desesperos, avarezas, enumeras questões
São como a erosão, um desgaste criativo por dentro
A única, simples e intemporal verdade: O pensamento

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Será a música de rua tão vazia quanto isso?

Será a música de rua tão vazia quanto isso?


Só para elucidar por ai algumas mentes vou deixar um pequeno excerto da letra de uma musica de rap. Poucos sabem qual o seu papel na musica contemporânea… A maioria das pessoas não sabe o que é o Rap, não faz ideia da sua importância para a comunidade suburbana. Nesse sentido eu vou deixar um pequeno excerto escrito duma música de puro RAP… só mesmo para perceberem até que ponto este estilo de música pode ter uma mensagem sólida e consistente, profunda e prática: leiam…

BOB DA RAGE SENSE na reedição do álbum Pratica(mente) do Sam The Kid:



“Eles montam-te o cerco, de muito longe ou perto
Escondem o que há de melhor, não te mostram o que está certo
Limitam o leu intelecto, atiram-te no guetto
Exploram-te sem piedade e dizem que não tens direitos
Senhoras e Senhores, das limpezas ou doutros
Este é o tributo para a classe dos trabalhadores
Camaradas proletários, deixa-mos de ser otários
Vamos juntos reivindicar nossos salarios
Levanta-te Já, Vá, revoltar e lutar
Contra quem nos tira tudo e nada nos dá
Fazem entrevista, atiram-te areia na vista
Vamos incendiar Multinacionais capitalistas
Eles têm vantagem, direitos iguais: miragem
Descobre o Che Guevara em ti e ganha coragem
ENFRENTA OS QUE NÃO DÃO VALOR AO TEU ESFORÇO E TRABALHO
LEVANTA O PUNHO E MANDA-OS TODOS PRO CARALHO!”






BOB DA RAGE SENSE 2008 O RAP ESTÁ VIVO!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Palavras e Acções.

Aparamos, interpretamos e criticamos a história com todos os argumentos, ideais inocentemente ideológicos e teses meramente abstractas e heterogéneas. Contudo e apesar da historia já estar tão batida por intelectualidade e ignorância há uma característica indubitável incutida nela: o uso da palavra. Desde o tempo da admirável retórica grega que todos os ser humanos enquanto apologistas do uso da palavra, a usaram em tom de eloquência persuasiva. Este uso da palavra como sinal de manifesto foi usado em situações para o bem, noutras para o mal… Contudo apenas me vou centrar no correcto uso da palavra. A palavra e a associação de palavras pode ser vista como a forma de transmitir uma mensagem, e sem dúvida que este uso da palavra já elucidou muitos pensamentos, e já activou muitas acções. Por exemplo Luther King disse que tinha um sonho, o simples facto de ter dito isso para o publico e não as ter guardado para si, serviu de estímulo para muitas pessoas acordarem para o problema do racismo, etnocentrismo e da “africaniedade”. As palavras mediáticas de “ I Have a Dream” serviram de suporte a que muita gente deixasse de ver os negros como seres culturalmente inferiores e racialmente insignificantes. É precisamente neste ponto tão sensível que recai todo o sentido deste meu pequeno pensamento. Penso que o uso da palavra está a entrar numa grave crise, já ninguém vê o uso da palavra num debate, como um aspecto enriquecimento e de produção de ideias, alternativas e inovações…O uso da palavra como elemento discussão produtiva, como elemento de conhecimento do pensamento do outro está-se a perder… e com ele cai outro grande agente de solidificação social: as acções. Hoje em dia estes dois agentes sócias “palavras” e “acções” apenas são usadas para frivolidades que uma maioria impões, apenas servem para “conformizar” mais o que já esta saciado de conformismo. São precisas palavras, é preciso cada um dizer o que pensa, trocar discutir e debater ideais, só o carácter progressista de um debate produtivo pode levar o nosso pais ao desenvolvimento interior, intelectual e profundo… e só este conhecimento pessoal baseado no dialogo nos poderá servir de alicerce a um bom uso do nosso poder de agir… agir não num sentido banal: Agir em pró do outro, agir em pró de nos mesmos, agir em pró do mundo, agir em pró da Paz.
São precisas palavras para discussões produtivas, são precisas acções puras de respeito pelo Homem. São preciso mais que sorrisos ásperos ou choros prazenteiros… são precisas Palavras e Acções que fundamentem o nosso Mundo… Palavras e Acções capazes de Homens para Homens. Palavras e Acções nossas por um Mundo mais Justo!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Viva a puta da Revolução! O Povo é quem mais ordena!



Viva puta da Revolução!
O Povo é quem mais ordena!


Mais uma vez não estive em Portugal no 25 de Abril. No entanto senti o espírito revolucionário como se cá estivesse. Estava em Itália e por coincidência no dia 25 de Abril celebra-se a queda do fascismo em Itália. Foi assim que orgulhosamente meti os meus fones nos ouvidos e com garra cantei Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira entre outras alusões trauteais da época. Sinto o 25 de Abril como a melhor data do ano. Grito estoicamente pela liberdade. Hoje em dia é só ignorância, ninguém sabe o que é a liberdade, ninguém sabe o que foi o fascismo, a ditadura e a opressão em Portugal. Poucos sabem o que era a miséria física e intelectual em que o povo vivia.
Neste contexto eu vou mostrar uma pequeníssima parte das conquistas do 25 de Abril de 74, onde puderam ver que o 25 de Abril não é apenas um feriado mas um dos melhores dias da historia de Portugal:

Educação: Consagrou-se o direito á educação, nomeadamente aos mais altos graus de ensino, procedeu-se à massificação do ensino, abriram-se portas das universidades a todos, e o analfabetismo populacional começou a partir de agora a cair em desnível, foram melhoradas as condições materiais e humanas das escolas e acabou-se com as ordens pedagógicas feitas á base da pancada nos alunos. Acima de tudo os alunos passaram a poder pensar por eles próprios.

Emprego: Foi consagrado o direito dos trabalhadores. Legitimou-se o direito sindical e de greve, é estabelecido o salário mínimo nacional, subsídios de ferias e de natal, de desemprego e pensos e reformas generalizadas para todos e ouve uma generalização da contratação colectiva.

Economia:
Concretizou-se a liquidação do capitalismo monopolista do estado e dos grupos económicos monopolistas portugueses. Procedeu-se as nacionalizações nos sectores fundamentais da economia portuguesa libertando-os de interesses privados e promovendo revoluções públicas impulsionadoras de um maior desenvolvimento social.

Cultura: A revolução de Abril resultou numa liberdade de criação cultural, valorização da cultura popular e permitiu o acesso e relacionamento neste plano com todos os povos do mundo constituindo um notável processo de democratização.

Direitos Políticos: Os direitos políticos do povo português foram uma das maiores vitórias de Abril. Desde o direito á formação e participação em partidos políticos, ao sufrágio universal, á liberdade de pensamento, de reunião e de expressão. Com o 25 de Abril caminhamos para a democracia.

Direitos Sociais: São conquistas de Abril o salário mínimo nacional, o subsidio de ferias, de natal e de desemprego; o direito á segurança social, o direito á pensão e à reforma de todos os portugueses; a igualdade entre homens e mulheres e muitos outros direitos fundamentais envoltos na ascensão social to povo português.

Alem de todas as conquistas a nível do respeito pelas colónias, do respeito pelas diferentes culturas e nacionalidades e pelo decréscimo do etnocentrismo que o regime salazarista nos tinha incutido.

Agora digam se vale ou não a pena lutar…!
Digam-me se o 25 de Abril é uma data banal…!
Digam-me que a esquerda portuguesa é mera taxada politica…!
Diga-me se não é o povo quem mais ordena…!


25 De Abril foi ontem, é hoje e é amanha. É sem duvida a data mais marcante de ascensão do povo português.

Com Abril SEMPRE!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Gritos contra a Indiferença


Gritos contra a indiferença

Estimulado pelo livro “Gritos contra a indiferença” de Fernando Lopes decidi rabiscar a minha reflexão e percepção sobre a constante e intransigente indiferença da sociedade em questões como direitos humanos, a pobreza, a deficiência, as liberdades, a democracia (ou falta dela) e até mesmo do desrespeito pelo pensamento dos outros.
Aqui encontro um dos aspectos mais problemáticos da dita “globalização”. Sábios pensadores, inteligentes políticos, benéficos economistas e até mesmo grandiosos filósofos defendem a ideia de criar um Mundo cada vez mais unido e cada vez mais global, mas na prática, vejo essa confluência ser aplicada da pior maneira possível nas questões de ordem social. Temos hoje em dia pessoas a morrer de fome, populações sem o mínimo de condições de saúde e educação, ainda temos milhares de pessoas inocentes a morrer por causa de guerras e confrontos políticos, milhares de crianças a servirem de trabalhadores para grandes marcas (da moda) que usamos no dia a dia, negros a serem insultados, deficientes a serem “pisados”, no fundo ainda temos nesta terra globalizada um grande desrespeito pelo homem e pela vida. Isto é horrível, inconcebível e impensável num mundo que se diz desenvolvido. O desenvolvimento não se pode fazer á base do eu, mas sim á base do nós. O desenvolvimento faz-se sim com base na análise de como actualmente o ser humano vive, não o ser humano na primeira pessoa mas o ser humano no seu conjunto. Neste contexto eu orgulho-me de quem grita pela indiferença. De quem se preocupa com os outros. Eu tenho total orgulho e respeito por quem grita estoicamente sem querer enaltecimento, quem grita com esperança sem querer a glorificação, quem Grita pela indiferença sem nada querer em troca. Só esta geração poderá criar o Mundo desenvolvido que estes apologistas da globalização se gabam de já ter. São precisos Gritos enraivecidos! É preciso intervenção directa. Revolucionar a nossa maneira de pensar. Nós limitamo-nos ao banal conformismo, e é esse mesmo conformismo que nos faz acomodar e nada fazer por mudar esta injusta e desigual realidade. Mas o Mundo não se faz com palavras. O Mundo precisa de Acções! O Mundo precisa dos jovens! precisa de nós! Precisa dos nossos Gritos. Gritar consistente e persistentemente por um mundo melhor! Gritar estóica e heroicamente contra a indiferença. Um Mundo novo é possível a mudança começa em nós. Nós somos as sementes que iram germinar no amanha. As sementes que não vão olhar só para a sua própria flor. Nós somos as únicas sementes que poderão criar Mundo novo.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Liberdade de pensamento.

Liberdade de pensamento.
Comenta-se hoje em dia … os valores gerais, a ética comum, o “politicamente correcto” e outras expressões ostentadas pelo oportunismo infindável e coactivo de algumas pessoas (se não todas). Estou esgotado de tanta hipocrisia!!!
Quando eu nasci, ninguém se preocupou com a minha liberdade de pensamento. Isso é um dado mais que adquirido nas famílias tradicionais e conservadoras portuguesas. Mas considero isso, o principal motivo da standartização da população…
Quando eu nasci o principal objectivo dos meus pais foi baptizar-me, mas quem lhes disse que eu queria ser católico no futuro? Quando cresci a preocupação dos meus educandos (pais e professores) foi em mostrar-me que tinha de me conformar com o sistema… mas quem lhes disse que eu queria ser um conformista no futuro? Agora a preocupação que todos têm comigo é estudar para ganhar dinheiro… Mas quem disse que a minha realização pessoal consiste em fazer dinheiro?
Não culpo os meus pais! Antes o contexto era diferente, e não se pode nem deve fazer juízos éticos dos outros, ainda por cima quando estes viveram num período radicalmente oposto… Mas o ponto a que eu quero chegar é que na sociedade actual está-se completamente a banalizar a liberdade de pensamento dos jovens e isso agrava situações futuras. Problemas sociais que nos fazem ser, nada mais nada menos que fotocopias dos outros. Isso é uma violação à expansão do nosso conceito de “ sociedade rica”. Como atrás referi dou muito valor á liberdade pensamento, para mim é isso que nos torna conscientes, criativos, originais, autónomos e livres. Só assim o avanço social se poderá alargar cada vez mais. Um apelo que eu faço á sociedade é que dêem mais valor ao pensamento dos outros. Não apontem o dedo a quem não é católico!, não apontem mais o dedo a quem não é “politicamente correcto”!, não apontem mais o dedo a quem não segue a moda!, não apontem o dedo a quem não pensa como a maioria!!! no fundo sejam livres de pensar e de escolher mas acima de tudo dêem liberdade aos outros de serem livres de pensarem e de escolherem. Só assim formaremos uma sociedade criativa, autonoma, consciente e livre, só assim o verdadeiro desenvolvimento social será uma realidade para nós!

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Constante PAZ. Reflitam!

domingo, 6 de abril de 2008

O valor da Amizade

O valor da amizade.
Quando se fala em mudança social fala-se sobretudo numa maior consciencialização pela sociedade, actualidade, politica, cultura… basicamente estar-se mais informado a todos os níveis.

Mas na minha opinião (e como um apologista da mudança social) penso que é muito importante mudarmos a forma como observamos os outros.

Um dos valores que mais preservo é a amizade, os lanços de companheirismo e solidariedade que estabeleço com os outros, faz-me sentir vivo, faz-me sentir que sou importante para alguém. Isso é extremamente gratificante.

Ao longo do tempo fui por um lado aprofundando, enriquecendo e desenvolvendo amizades mais antigas e por outro conhecendo expandindo as mais recentes. Penso que hoje parte do sorriso que tenho na cara está directamente ligado com esse conjunto de amizades (antigas e recentes).
Fizeram-me evoluir, pensar melhor, deliberar mais conscientemente, ajudar e ser ajudado, no fundo auxiliaram-me a conceber aquilo que eu hoje sou. Um ser Humano melhor.
Acho que o simples facto de nos sentirmos bem quando os nossos amigos também estão, o facto de interferir directamente em nós o estado de espírito dos nossos amigos, nos torna seres Humanos, com H grande.

E sem duvida que este sentimento recíproco que desenvolvemos com os nossos amigos é um grande passo para aquilo que eu verdadeiramente gostava de alcançar:
O respeito mútuo uns pelos outros!
Agradeço assim a todas as pessoas que realmente me conhecem (interior\exteriormente) e que me elevam ao estatuto de um bom amigo, que me fazem sentir alguém, que me fazem sentir realizado:


· Ruben (my best friend, são 13 anos é tanto tempo! Tenho orgulho em ti! Es a verdadeira concepção de amigo), Rodrigo (eterno puto, grandes recordações), Vera (irmã, sempre pressente tu sabes, são 13 anos de pura e crua amizade), JoaoAntunes (inigualável, um verdadeiro irmão, respeito!!),Zé ,Tixa (um modelo a seguir =D), joanadw(a tua compreensão e carinho valem tudo), Diana(por detras de um namoro também se esconde uma grande amizade:D),CARLA (eu amo.te pirralha tu sabes bem disso! Foste a pessoa que mais gostei de conhecer este ano, es uma pessoa fantástica, única, desejo-te tudo!), Maria(minha pequena GRANDE AMIGA),António(ahahaha o real! Grandes debates, um jovem decente, respeito! Vale a pena conhece-lo),Joanalsiboa (corricha linda :D gosti),Sofia (minha irmã francesa J) prima Maria (mais que prima uma das minhas melhores amigas, eterno respeito), mano Pilas, mano guettabizi (aquele exemplo, muito valor em ti.), TP ( o mano mais leal e real que conheço)


Peço desculpa a quem me esqueci, todos vocês valem muito e têm todo o meu respeito.
AMO-VOS mais que tudo na vida! Já fazem parte de mim… sem vocês a minha vida já não fazia sentido! Obrigado, agradeço-vos eternamente!
Joao Mineiro 06\04\08 3:48

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Tibete [realidade social, cultural, religiosa e politica]

Tibete [realidade social, cultural, religiosa e politica]

Não sei se posso ou se devo acreditar na veracidade media, não sei até que ponto a influência politica nos média pode influenciar a transmissão dos acontecimentos no Tibete. Contudo não posso pressupor realidades que eu próprio não consigo provar. Assim deixo a minha opinião pessoal sobre as questões no Tibete:

O Tibete é uma região autónoma sobre a tutela da República Popular da China. Não posso deixar passar em claro que antes o Tibete era baseado num regime feudal constituído maioritariamente por servos e escravos era um local quase inóspito para a fixação imigrante. Contudo e analisando a presente situação social da região penso que se vive um verdadeiro atentado aquilo que é um dos valores que mais preservo a Liberdade de pensamento. Penso que a China que se afirma como uma divulgadora de igualdade não pode censurar quem pensa de maneira diferente pois assim só estão a ignorar essa mesma igualdade. Observando o Tibete é uma região como uma grande influencia religiosa que ninguém pode contestar. A liberdade de religião deve ser preservada e assim desprezo completamente a tentativa do Governo Chinês de dissuadir essa Liberdade Religiosa.
Socialmente o que se observa no Tibete é uma total tentativa de opressão implementada com brutos ataques policiais a protestos pacíficos e com uma poderosa tentativa de exílio em conventos da comunidade budista.
Politicamente falando há digamos um grande confronto entre o Governo Chinês (Comunista) e o governo (no exílio) Tibetano (Os Lamas) que em nada favorece a população. Pelo contrário este constante ataque politico têm uma grave e perigosa consequência… O esquecimento dos principais visados desse confronto… as populações!. Esses são os únicos esquecidos de parte a parte.

Eu acredito no Dialogo progressista com Respeito mútuo pela antagonia cultural entre a China e o Tibete. E acredito sobretudo que só esse respeito mútuo pela diferenciação de culturas se pode chegar a um consenso favorável ás populações.

Um apelo que eu faço a todo o Mundo, (e penso que é deste apelo que a China e os Lamas se esquecem…) é importante valorizar a nossa cultura sem dúvida mas mais importante que isso é valorizarmos toda a multiplicidade de culturas. Aquilo que é a Liberdade de pensamento e a liberdade de acção deve ser um ponto mais que assente em qualquer parte do Mundo. Porque com individualidades culturais, com o pensar-mos que somos os detentores da razão e da verdade absoluta nunca se poderá construir um Mundo melhor baseado no Respeito.

João Mineiro. 3\04\08

domingo, 30 de março de 2008

SOS RACISMO [Agostinho Neto - Voz de sange]

Trago o meu segundo apelo ao fim do racismo aos negros!

Não é por se ser proveniente de um lugar quase inóspito que a pessoa tem menos valor...

Criar rotulos nos negros é facil, dificil é descobrir o ser consciente que se esconde atrás da cor da pele.




AGOSTINHO NETO - VOZ DE SANGUE


"Palpitam-me
os sons do batuque
e os ritmos melancólicos do blue
Ó negro esfarrapado do Harlem
ó dançarino de Chicago
ó negro servidor do South
Ó negro de África
negros de todo o mundo
eu junto ao vosso canto
a minha pobre voz
os meus humildes ritmos.
Eu vos acompanho
pelas emaranhadas áfricas
do nosso Rumo
Eu vos sinto
negros de todo o mundo
eu vivo a vossa Dor
meus irmãos."

Agostinho Neto




Respeito e Igualdade!

PAZ

sexta-feira, 28 de março de 2008

SOS Racismo! Imagina-te Negro...

SOS RACISMO

Imagina-te Negro

Imagina que a tua pele fica Negra.
Imagina-te Negro e todos á tua volta brancos
Imagina-te privado de empregos por seres Negro
Imagina que a Historia que enaltece os heróis portugueses foi escrita com o sangue do teu povo…
Imagina que te insultam directa e indirectamente dia após dia epal tua raça
Imagina que não podes entrar em determinados locais em função da tua cor de pele
Imagina estás sozinho em Portugal e os teus pais e irmãos na terra a morrer á fome sem and apoderes fazer.
Imagina que constituis família mas a sociedade por seres Negro corta o teu sustento e tens que roubar para sobreviver.
Imagina que um dos teus amigos Negros é morto por violência policial excessiva e desnecessária e que ao polícia nada acontece.
Imagina que envias um livro para um editora e quando descobre que és Negro não o edita
Imagina que os nacionalistas e os preconceituosos andam em manifestação para te mandarem para Africa outra vez
Imagina que perdes a casa porque a sociedade não gosta da tua cor de pele e não te dá emprego
Imagina que dia-a-dia alguém cospe sobre o teu nome de Negro.
Imagina-te SOZINHO no Mundo
Imagina que és Diferente … NEGRO!

E agora? Vais continuar a virar a cara quando um negro passa por ti?

Respeito as diferenças. Respeita os Negros. Respeita o Homem

STOP RACISM

quinta-feira, 27 de março de 2008

Capitalismo Feroz e Capitalismo Moderado - [Consequências económicas e sociais]

( Decidi abrir o blog também a comentários que faço sobre determinados temas nesse sentido deixo um comentário meu feito no forum:

http://www.hi5.com/friend/group/158021--10680888--Bloco%2Bde%2BEsquerda--Anarquia%2B--topic-html

... num tópico em que se debatia a aplicação do anarco-capitalismo, criticas á sociedade capitalista, consequencias socias, economicas e o papel do estado numa sociedade capitalista etc, nesse sentido deixo a minha critica aquilo que é são duas aplicações práticas do capitalismo.)


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Não posso concordar na íntegra com o capitalismo. Não tenho tantas noções económicas quanto gostaria mas acho que se devem destacar duas interpretação da aplicação do capitalismo em qualquer sociedade que seja, seja ela rica ou pobre. - O que vejo muitas vezes aplicado é um feroz capitalismo que se serve da fraca capacidade de contestação do operariado e leva a sua exploração completamente ao extremo e a classe trabalhadora acaba sempre por ficar desolada gerando obviamente riqueza absoluta da minoria que explora as massas e gera pobreza absoluta da maioria explorada pela minoria. E isto ainda mais agravado quando toda a massa económica e monetária proveniente dessa exploração no final de contas não vai ser aplicada na população. Ora então de que vale a economia estar em alta quando depois não é aplicada nos principais visados, as populações? - Contudo não tenho qualquer problema na instalação de multinacionais desde que estas respeitem os direitos dos trabalhadores, desde que e estas cumpram as leis de segurança e que dêem ais trabalhadores condições de trabalho decentes. Assim sem duvida que ambos ficavam em vantagem a população pois gera-se emprego, condições de vida e consequentemente menos pobreza e os proprietários pois vêm a sua produtividade impulsionada e obviamente mais massa económica na empresa. Assim sim posso dizer que o capitalismo é aplicado de forma correcta ou pelo menos benéfica para a população pelo facto de que parte da riqueza economia da empresa em si, vai directamente de encontro ás necessidades dos trabalhadores e faz as dcondiçoes de vida melhorarem em larga escala. Capitalismo moderado com parte do lucro investido nas condições humanas e materiais das empresasmultinacionas –SIM. Capitalismo Feroz em que o lucro nunca é aplicado na calasse operária e as condições humanas e materiais não são minimamente respeitadas gerando pobreza e riqueza extrema – NÃO.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Terrorismo Americano

Este texto partiu de um comentário que deixei a um texto presente no blog:

http://www.blocoesquerdacovilha.blogspot.com/

...podem ler o texto na integra chama-se: Governo do Apocalipse.

Agora deixo o meu comentário aos factos apresentados e deixo a minha opinião sobre o terrorismo Americano. O feroz Imperialismo que destroi diariamente melhares de corações.

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Americanos argumentam como sendo terrorismo todos os movimentos (cívicos pacíficos revolucionários independentes e pela independência etc) que vão contra os seus interesses porque se revêem-se como a maior potencia mundial porém esquecem-se na própria etimologia da palavra. TERRORISMO. Desmenbradamente podemos retirar um termo isolado o TERROR... e agora vejamos quem neste mundo realmente semeia o terror… é simples a análise dos factos não é preciso ir-mos muito longe… no Iraque já morrem centenas de milhares de soldados Americanos e de Inocentes, e isto devido a que? Á estabilidade democrática iraquiana?????!! Não me parece, estas constantes tentativas ofensivas Americanas tem como ponto base um único e horrível objectivo… O feroz imperialismo em busca do petróleo de ouro… mas é estúpido alias muito estúpido a América têm petróleo, muito petróleo… Será que há necessidade de se espalharem litros de sangue, de se espalharem sentimentos de angustia, desespero e suicídio?!?!

A alma deste Mundo esta a ser completamente assolada, destruída, está a morrer completamente, e por uma única razão os eternos sentimentos Imperialista da Pior potencia do Mundo…

…E Portugal?!?! Em vez de se mostrar independente, de ter opiniões próprias, de agir de acordo com a opinião politica social dos nossos governantes e do nosso povo não… Decidiu que mais valia vender as nossas opiniões e os nossos juízos de valor a uma porcaria de um pressuposto enaltecimento americano… Hipócritas!

Há uma grande necessidade de Portugal se afirmar é verdade! Mas têm que se afirmar pelo que a nossa ética conjunta vale, Portugal tem que se afirmar no contexto Mundial pelo que realmente acha e sente e não dar de mão beijada a esses nojentos, aquilo que é a nossa capacidade de pensamento!!!!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Humanismo e Solideriedade (valores básicos de um Homem Justo)

Humanismo e Solidariedade (valores básicos de um Homem Justo)


Num Mundo cada vez mais levado a natural brisa da globalização o que é importante trazer de volta á superfície são os valores básicos que deviam guiar o cidadão comum, os valores básicos de um cidadão justo. No fundo todos nós somos cidadãos e é exactamente a partir do simples conceito que a mudança social e a consciência social pode estar mais presente.
É importante olhar-mos o nosso Ser, consciente e voluntariamente. E igualmente importante é olhar-mos o Ser das outras pessoas intencionalmente e com base no Respeito por toda a multiplicidade de crenças ser-mos nós mesmos os empreendedores sociais de uma sociedade mais justa.
Assim eu desmembro dois termos que na minha opinião são a maquina funcional pensativa de um corpo autonomamente inactivo.
Humanismo!
é de uma extrema relevância dar-mos conteúdo a este valor. Olhar-mos mais o Homem, e explorar-mos todos os problemas gerais (e não pessoais) que guiam actualmente o Homem. Penso que não basta deixar-mos para os outros o olhar o Mundo. Pelo contrário é extremamente necessário ser-mos nós próprios a fazer-mos esse relato humanista. É necessário analisar-mos o Homem e na suma das nossas conclusões encontrar alternativas práticas e concretizáveis que possam mudar a visão monótona, conformista e problemática do Homem. É importante valorizarmos o Ser Humano mais do que o Deus. Porque o Mundo, a Vida, o nosso sentido de realização e o sorriso que fomentamos na cara somos nós Homens que temos a capacidade de o concretizar. Somos nós [Homens] o centro do Universo.
Por outro lado é imprescindível a aplicação do valor Humanista. Nesse sentido o nosso conceito prático de ser Solidário também deve estar bem patente na nossa existência cultural e social.
É importante darmos a mão e não a desviar. O simples facto de ajudar-mos alguém seja porque motivo for é a particularidade humana que merece o meu mais enaltecimento.
Dar física e intelectualmente parte de nós a outra pessoa, e não se deve pensar que todos são oportunistas e quando damos a mão nos tiram o braço. Pelo contrário quando ajudamos alguém a genuinidade e simplicidade do acto transporta Respeito de parte a parte e é isso que é fundamental o Respeito pelo próximo.

Sem duvida que se dermos mais valor a nós Homem como centro de tudo, se dermos mais valor aos problemas humanitários, se dermos mais valor ao acto de AJUDAR sem nada querer receber a sociedade á nossa volta (o Mundo á nossa volta) será mais Humano, mais Justo e mais FELIZ.

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A tradicional PAZ = P

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Quando as GRANDES duvidas aparecem e nos fazem rever as nossas crenças passadas, abrindo portas ao Futuro!

Quando as GRANDES duvidas aparecem e nos fazem rever as nossas crenças passadas, abrindo portas ao futuro!

De súbito, do nada e completa e despropositadamente uma série de duvidas me fizeram rever tudo aquilo que eu no passado tinha lutado e acreditado…
Parece que tudo foi em vão, que tudo não passou duma experiência, mas não! Agora que transparentemente observo as acções que me caracterizam como um potencial revolucionário de esquerda pergunto-me se o que em tempos eu assegurava a mim e a todos os á minha volta como ser uma verdade intemporal, hoje na minha simplicidade interior não passa duma fase com uma espécie de palas nos olhos que influenciada por terceiros me fazia ver duma determinada maneira sem me questionar sequer sobre se a imposição das coisas era realmente assim ou pelo contrário tinha uma tanta ou quanta dose de hipocrisia…

Uma certeza eu tenho…nada foi em vão, porque para amadurece interiormente é preciso passar por experiências e testes deste tipo… e é preciso perceber quando as duvidas surgem o que valeu ou não a pena, o que hoje ainda preservo, no fundo o que fez sentido…

Afirmo convictamente tudo o que era eu sou… mas a minha grande duvida recaiu sobre uma pequena\grande questão… aquilo que eu tinha ao peito, aquilo que eu gritava alto, firmemente com um braço esquerdo levantado com o punho cerrado na realidade não correspondia a muitas das coisas que para mim realmente têm sentido…

Quando eu gritava, nunca pensei que aquilo que eu gritava no fundo é conservador e eu sou liberal, nunca pensei que aquilo que eu gritava preservava (supostamente) a liberdade, mas internamente censuravam pessoas com ideias diferentes…

E foi isso que me atormentou e que me fez dizer CHEGA!

Não vou ser mais um manipulado, substituível, descartável que apenas usam para propaganda, chega de ser mais um que não questiona e pergunta e pelo contrário aceita tudo o que lhe dizem…

CHEGA DE ACREDITAR EM MENTIRAS E TORNA-LAS EM VERDADES!
CHEGA DE APOIAR AQUILO QUE EU PRÓPRIO CONDENO!

Mas o caminho é longo, duro… mas insubstituível e inevital… e acredito que depois de passar por ele posso afirmar com segurança…

É REALMENTE ISTO QUE EU QUERO!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Deus Humanista (a consciência)

Deus Humanista (a consciência)



Omnipotente e omnipresente…
na minha quotidianiedade
Serei seu eterno crente
porque ele é a intemporal verdade!
Não se esconde do Mundo
Para não revelar a sua verdadeira identidade…
…porque o meu Deus é visível…
para Ateus, Cépticos e quem vive na incredulidade.

O meu Deus apoia! Resolve! Interioriza!
Dá tudo o que pode!
Até o que ele mais precisa…

Eu acredito no meu Deus
Elucidou-me o preconceito…
A ele desejo tudo
Pois ele a tudo tem direito!

Inexplicável! Único! ele carrega Harmonia
E quando o Sorriso morre…
… é ele que me devolve a alegria!

Ele não assimila
descrenças, hipocrisia, tacanhez e impureza
Pois a Verdade, Paz e o Pacifismo
são o pão que me põe na mesa!

O meu Deus é primeira pessoa!
O meu Deus sou eu!
Pois eu acredito em mim…
… e não na invisibilidade de algo que nunca apareceu.

O meu Deus, é o teu Deus
Esta foi a verdade que eu escrevi…

… se precisares do teu Deus
Procura a consciência dentro de ti!

Nota:
Á primeira visão o poema pode não ter grande significado, mas o que eu pretendo realçar no poema, é o papel do meu Deus (na 3ª pessoa), que é a minha consciência, mas, embora o caracterize na 3ª pessoa, faz parte de mim como humano na primeira pessoa. Pretendo mostrar que sempre que preciso de apoio, auxilio e esperança, é no meu interior, na minha consciência que vou encontrar essa ajuda, é no meu interior consciente que encontro tudo o que as pessoas comuns pedem a deuses sobrenaturais.
No fundo quero frisar que os Deuses que as pessoas idolatram na verdade são elas próprias, e tudo depende delas e da sua consciência para serem ou não serem felizes.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Rótulos, carimbos e etiquetas

Rótulos, carimbos e etiquetas

Considero esta sociedade perdida. Será justo criam rótulos, carimbos e etiquetas ás pessoas pela musica que ouvem, pela roupa que vestem, pelo que gostam de fazer, não será preferível julgarem as pessoas depois de as conhecer, depois de saberem como elas pensam?

Diariamente a futilidade e ignorância das pessoas em geral, aborda-me na rua e dizem-me: “olha o puto revoltado que veste roupa larga, ouve rap e quer se politico, esquece miúdo para seres alguém na vida, não podes ter essa atitude”…
Isto preocupa-me severamente, classificam-me utópico por ambicionar um mundo justo, classificam-me revoltado pelo espírito revolucionário encontrado na minha maneira de ser, classificam-me “ mais um jovem perdido” por usar roupa diferente e ouvir musica alternativa a essas “babuseiras” que a maioria ouve.

Antes de mais, uma pessoa faz-se por aquilo que é, por aquilo que pensa, o conteúdo fundamental de uma pessoa deve basear-se na maneira de pensar, deliberal e agir da pessoa em questão!

É importante ser-mos originais, autónomos, pensar-mos não pelas tendências mas pela nossa originalidade pessoal que nos eleva a um estado mental superior ao dessa juventude que só pensa como todos pensam, limita-se a copiar os outros, a copiar o que eles dizem, ouvem, vestem e pensam… “já um musico disse: toda a gente quer fazer algo de original acabando pró copiar aquilo que consideram original… “ e pensando bem é esta sim a maneira de pensar na contemporaneidade…

Agora senhor leitor pense comigo.
De que vale mais? Um Homem que veste bem, faz o que a maioria faz, ilude-nos com a sua eloquência, e aquilo que expressa em publico não é aquilo que sente,

Ou pelo contrário …

Um Homem que faz aquilo que gosta, exprime aos outros aquilo que realmente pensa, e no fundo procura ser diferente conjugando os seus gostos pessoais e transmitindo aquilo que considera importante ás pessoas?

Chega de criarem rótulos, carimbos e colocarem etiquetas nas pessoas, nos humanos, valemos pelo que somos, pelo que pensamos, pelo que agimos é isso a nossa maneira de ser, é isso a verdadeira essência da pessoa é isso que nos deve classificar, é isso o mais importante, no fundo é isso que as pessoas devem ter em atenção quando lidam connosco e não a nossa aparência exterior…

Chega de Ignorância levada ao extremo por essas mentes ofuscadas e banais, que classificam as pessoas pelas aparências. Nós somos o que somos, quem gosta muito bem, estamos juntos quem não gosta que se oponha de forma construtiva, nós estamos aptos para aceitar todos os pontos de vista.
Deixo uma importante mensagem que um músico deixou: “Tu não me conheces puto, porque eu não sou o que visto, eu sou aquilo faço, o que digo o que penso o que sinto”

Sintam aquilo que fazem, sejam vocês mesmos!!!!