terça-feira, 22 de abril de 2008

Gritos contra a Indiferença


Gritos contra a indiferença

Estimulado pelo livro “Gritos contra a indiferença” de Fernando Lopes decidi rabiscar a minha reflexão e percepção sobre a constante e intransigente indiferença da sociedade em questões como direitos humanos, a pobreza, a deficiência, as liberdades, a democracia (ou falta dela) e até mesmo do desrespeito pelo pensamento dos outros.
Aqui encontro um dos aspectos mais problemáticos da dita “globalização”. Sábios pensadores, inteligentes políticos, benéficos economistas e até mesmo grandiosos filósofos defendem a ideia de criar um Mundo cada vez mais unido e cada vez mais global, mas na prática, vejo essa confluência ser aplicada da pior maneira possível nas questões de ordem social. Temos hoje em dia pessoas a morrer de fome, populações sem o mínimo de condições de saúde e educação, ainda temos milhares de pessoas inocentes a morrer por causa de guerras e confrontos políticos, milhares de crianças a servirem de trabalhadores para grandes marcas (da moda) que usamos no dia a dia, negros a serem insultados, deficientes a serem “pisados”, no fundo ainda temos nesta terra globalizada um grande desrespeito pelo homem e pela vida. Isto é horrível, inconcebível e impensável num mundo que se diz desenvolvido. O desenvolvimento não se pode fazer á base do eu, mas sim á base do nós. O desenvolvimento faz-se sim com base na análise de como actualmente o ser humano vive, não o ser humano na primeira pessoa mas o ser humano no seu conjunto. Neste contexto eu orgulho-me de quem grita pela indiferença. De quem se preocupa com os outros. Eu tenho total orgulho e respeito por quem grita estoicamente sem querer enaltecimento, quem grita com esperança sem querer a glorificação, quem Grita pela indiferença sem nada querer em troca. Só esta geração poderá criar o Mundo desenvolvido que estes apologistas da globalização se gabam de já ter. São precisos Gritos enraivecidos! É preciso intervenção directa. Revolucionar a nossa maneira de pensar. Nós limitamo-nos ao banal conformismo, e é esse mesmo conformismo que nos faz acomodar e nada fazer por mudar esta injusta e desigual realidade. Mas o Mundo não se faz com palavras. O Mundo precisa de Acções! O Mundo precisa dos jovens! precisa de nós! Precisa dos nossos Gritos. Gritar consistente e persistentemente por um mundo melhor! Gritar estóica e heroicamente contra a indiferença. Um Mundo novo é possível a mudança começa em nós. Nós somos as sementes que iram germinar no amanha. As sementes que não vão olhar só para a sua própria flor. Nós somos as únicas sementes que poderão criar Mundo novo.

1 comentário:

António Barbosa disse...

Quando tiveres em Italia, mata o Mussolini! MUHAHAHAHAHAHA