sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Precariedade ao serviço da Segurança Social!

A Segurança Social vai abrir um call center em Castelo Branco, onde irá empregar cerca de duzentas pessoas sendo que a sua abertura está agendada para este mês (Outubro). Contudo os duzentos trabalhadores que este Call Center irá empregar trabalharão para o Estado a partir de uma “entidade privada” como é referido por Edmundo Martinho, presidente do Instituto de Segurança Social. Descobre-se qual o projecto de emprego para o Governo.

A Segurança Social vai abrir um call center em Castelo Branco, onde irá empregar cerca de duzentas pessoas sendo que a sua abertura está agendada para este mês (Outubro). O projecto do novo call center ficará situado no Bairro da Carapalha, em frente às instalações do Ensino Magazine. Estas instalações estiveram antes projectadas para Portalegre.
Contudo os duzentos trabalhadores que este Call Center irá empregar trabalharão para o Estado a partir de uma “entidade privada” como é referido por Edmundo Martinho, presidente do Instituto de Segurança Social, «a gestão deste complexo vai funcionar em outsourcing, estando o concurso internacional já publicado».

Para Joaquim Morão, Presidente da Autarquia com a vinda destes serviços, “está-se a criar em Castelo Branco um cluster na área das tecnologias de informação que poderá ser determinante para o crescimento da cidade. A Câmara está a fazer fortíssimos investimentos para que isso seja uma realidade. Estamos a liderar o desenvolvimento da cidade.” Este será o terceiro call center da cidade que ficará localizado no centro da urbe e que segundo o mesmo autarca: “dá mais vida e uma nova dinâmica ao interior da cidade”. Contudo esta noção de desenvolvimento está muito mal explicada e muito mal especificada pelo autarca:
Primeiro ponto: Não foi dado qualquer tipo de informação sobre as condições de trabalhado no respectivo call center... Irão os trabalhadores trabalhar em regime de trabalho temporário? Ou em regime de recibos verdes? Serão contratos a prazo ou contratos de trabalho temporários? Terão os trabalhadores de se sujeitar às condições que a “entidade privada” ditar? Obviamente que se o trabalho surge em regime precário não pode ser realmente considerados postos de trabalho e se assim for a autarquia e a Segurança Social estão assumir uma posição de total hipocrisia e cinismo politico porque em vez de garantirem um trabalho com direitos para os jovens iniciarem uma vida independente pelo contrário afundam os jovens na incerteza e na miséria intelectual que é não terem qualquer tipo de segurança para o futuro.
Segundo ponto: Castelo Branco, que tem em funcionamento um politécnico universitário, não consegue garantir aos jovens formados qualquer tipo de emprego qualificado, surgindo assim dois tipos de possibilidade de futuro. Ou os jovens formados são obrigados a ir procurar trabalho noutro distrito ou têm que sujeitar a esta nova alternativa de emprego: a precariedade. Depois de José Sócrates na sua reentré política ter anunciado a abertura de um call center gigante no norte do país descobre-se qual o projecto de emprego para o Governo. Esta situação desprezível de incerteza no trabalho, de incerteza na vida pessoal tem um nome, “precariedade”, e esta situação sentenciadora dos jovens tem responsáveis e aos bois têm de ser dados nomes. O responsável por este medo, por esta incerteza e por este futuro sentenciador chamado precariedade tem um nome: “Governo do Partido Socialista”, os factos estão à vista, e contra factos não há argumentos.
João Mineiro

1 comentário:

Anónimo disse...

O 1º ministro José Sócrates vem-nos com os seus discursos bonitos sobre novas oportunidades com a abertura de novos cursos nas universidades portuguesas, contudo os postos de trabalho são bastante escassos e, depois de tanto investimento nos estudos, ou os jovens se contentam com o desemprego ou enfrentam condições laborais bastante precárias.
Somos governados por um governo hipócrita, que nos tenta iludir, um governo que se auto-denomina de esquerda mas que governa com ideias de direita.
Chega de mentiras!